Resenha Saving Grace



Resenha feita para o Desafio Literário Livreando 2018 (DLL2018)
Categoria Março: Que tenha no enredo abuso ou violência


Título: Saving Grace (Um amor para Lady Johanna, no Brasil)
Autor: Julie Garwood ♥️
Editora: Pocket Books
Páginas: 407
Ano da publicação: 1994
Gênero: Romance de Época

Nota: 4/5

Julie Garwood é uma de minhas autoras preferidas e apesar de ser minha primeira resenha no blog, este já é o quarto livro seu que leio somente este ano.
Garwood é uma excelente leitura para quando se deseja um romance cliché porém extremamente bem escrito com capacidade de surpreender seja pela riqueza dos eventos históricos de suas séries de época ou pelo suspense de seus romances contemporâneos policiais. Apesar da categoria com tema pesado, consegui aliviar-me lendo esta obra já que, apesar das inúmeras turbulências, o final feliz nas obras desta autora é garantido.

Saving Grace se passa na Escócia medieval (nas famosas Highlands), mais precisamente no ano de 1207. Nossa heroína é Lady Johanna que apesar da pouca idade já se encontra viúva. Porém a morte do Barão Raulf é na verdade um bálsamo para a jovem pois sofria abusos psicológicos e físicos constantes do marido. Além disso, seus "castigos" eram estimulados e justificados pela autoridade religiosa local, o Bispo Hallwick, que ensinava que as mulheres eram inferiores até mesmo aos animais na ordem de importância à Deus e o fato da mesma ter permanecido casada por três anos e não ter gerado um herdeiro a tornava ainda mais insignificante. 

"It was a slow, insidious attack upon her character, relentless too, and it went on and on and on until she felt as though he'd sucked the very light out of her. She tried to fight back then. And that was when the beatings began". - capítulo 4

"Era um ataque lento, insidioso e implacável contra seu caráter e continuou e continuou e continuou até que ele sugou toda sua energia. Ela tentou se defender e então os espancamentos começaram" - Tradução livre 

"He set about destroying my confidence first. I was naive, and frightened, too, and when you are called ignorant and unworthy over and over again by someone who is supposed to love and protect you, well, in time a part of you will begin to believe some of the nonsense". - capítulo 16

"Ele focou em destruir minha confiança primeiro. Eu era inocente e amedrontada e quando você é chamado de ignorante e imprestável continuamente por alguém que deveria te amar e te proteger, com o tempo parte de você começa a acreditar nesta tolice" - Tradução livre

Forçada pelo rei a se casar novamente, seu irmão Nicholas a sugere um pretendente nas terras escocesas: Gabriel McBain, que o tratou com honra apesar de ser um inimigo durante uma batalha e  que reside nas terras agora pertencentes a Johanna.
Diante do fato de Gabriel já possuir um filho e consequentemente não depender da fertilidade de Johanna, ela consente em se casar com o lorde apesar do medo de receber novos abusos do homem tão mais alto, forte e sério que seu ex-marido. Porém Gabriel logo a mostrará que seus tempos de viver aterrorizada se acabaram e que Johanna poderá, finalmente, ser uma jovem livre e amada.

A história é bem típica dos romances de época de Garwood, com uma heroína traumatizada e "fraca" que mostra ao longo do livro diversas mudanças e amadurecimento e um guerreiro sério, honrado e forte que se enfeitiça com a mocinha ao longo do tempo. Os personagens secundários são muito bem caracterizados e com histórias próprias. Gosto muito das obras da autora pois, apesar de previsíveis, conseguem te prender durante toda a leitura. 

Não dei nota máxima a este livro pois considero que há outros melhores de Julie e acabei me entediando um pouco com a insistência de McBain em fazer Johanna repousar; mas serviu bastante para preencher uma categoria do desafio deste mês com conteúdo de violência sem me deixar exausta psicologicamente com a leitura.

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