Resenha Every Breath You Take
Resenha feita para o Desafio Literário Livreando (DLL2018)
Categoria Maio: Autor nasceu em maio
Título: Every Breath You Take (Em cada respirar, tradução livre)
Autor: Judith McNaught (10 de maio de 1944)
Editora: Ballantine Books
Páginas: 334
Ano: 2005
Gênero: Romance Contemporâneo
Nota: 2/5
Já li há alguns anos um romance de época da autora Judith McNaught que foi tão inesperadamente maravilhoso que quando vi seu nome na capa deste livro imediatamente achei que iria gostar. Mas não. Nunca li outra obra contemporânea da autora então não irei generalizar mas encontrei nesta história um romance não crível e um mistério falsamente abordado.
Every Breath You Take é o quarto livro de uma série da autora chamada Second Opportunities (Segundas Chances), porém com tramas independentes que não impedem a abordagem fora de ordem. Não havia lido (e nem conhecia) nenhum dos seus antecessores mas não houve prejuízo da leitura.
Mitchell Wyatt é o neto bastardo do milionário Cecil Wyatt que, após anos sem conhecer a família, é coincidentemente acusado de assassinar o próprio irmão. Em meio a esta suspeita ele conhece Kate Donovan, uma mulher que namora Evan Barlett (advogado do avô de Mitchell) há quatro anos e recentemente encontra-se perdida frente à morte do pai e a responsabilidade de ter que administrar o restaurante herdado.
Por quase cem páginas a autora descreve um dilema dos protagonistas do tipo: "vamos ou não dormir juntos?" que, sinceramente, me deixou nauseada. Acredito que por ter sido uma das únicas leitoras que torcia contra este desfecho. Apesar de ter gostado da descrição dos dois (desconsiderando a questão do mocinho uber rico e frio que eu acho exaustivo), eu nunca consegui torcer por uma traição e tenho dificuldades em aceitar a romantização deste ato. Além disso, o amor foi daquele tipo instantâneo e fraco ou, como caracterizou Zigmunt Bauman, completamente líquido.
McNaught parecer escrever uma novela mexicana com uma paixão superficial regada por dramas e desentendimentos desnecessários e um mistério, em segundo plano, rapidamente desenrolado. Pareceu-me que sua intenção inicial era de escrever um romance policial mas que se perdeu no meio do caminho e se tornou apenas um péssimo romance.
Minha nota só não foi menor pelo fato de ter tido breves bons momentos mas não suficientes para pretender reler ou recomendar a alguém.
Entretanto, de forma alguma descartarei a autora, já que seu outro livro ainda permanece em minha memória e já tenho um próximo para ler (muito bem aclamado) que recentemente chegou ao Brasil: Um Reino de Sonhos.
Comentários
Postar um comentário